Um homem de 33 anos, identificado como Maxwell Leite, foi preso na tarde desta segunda-feira (15) em Altos, a 42 km de Teresina, suspeito de ter comprado um carro elétrico avaliado em quase R$ 120 mil com um comprovante falso de Pix em uma concessionária da capital. O veículo já foi recuperado.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito havia se aproximado do vendedor da concessionária entre outubro e dezembro de 2024, demonstrando interesse no veículo e ganhando a confiança da empresa. Ele iniciou a conversa pelo WhatsApp e só compareceu pessoalmente à concessionária para fazer um test-drive e apresentar a documentação.
“Ele começou uma negociação há quase um ano, negociando via WhatsApp com a empresa. Fez toda a negociação via WhatsApp e só foi presencialmente até a concessionária para fazer um test-drive e apresentar sua documentação física, conseguindo com um Pix falso retirar esse veículo”, explicou o delegado Valter Cunha, da 6ª Delegacia Seccional de Teresina, responsável pelo caso.
No último dia 2 de setembro, após a retirada do carro, a concessionária percebeu que o valor não havia caído na conta e tentou contato, mas o investigado não atendeu mais as ligações. “Ele entendeu que a concessionária já tinha verificado o crime”, acrescentou o delegado.
A equipe da Força Estadual Integrada de Segurança Pública (Feisp) localizou o automóvel abandonado em um hotel e fez a devolução do veículo à concessionária. “A Feisp conseguiu realizar a apreensão do veículo. Ele abandonou em um hotel quando percebeu que a polícia poderia prendê-lo, ainda em flagrante, porque ele teria recebido o carro no dia anterior e imediatamente que o valor não caiu se iniciou a investigação e na data de ontem, com o apoio do delegado Daniel Pires, conseguimos efetuar a prisão dele em Altos”, relatou Valter Cunha.
O delegado destacou que o homem se apresentava como motorista de aplicativo, mas levava um padrão de vida acima do que a profissão poderia sustentar.
“Ele ressalta que é um motorista autônomo de aplicativo, mas durante a investigação se verificou uma vida de luxo, viagens e bebedeiras que demandam um dinheiro muito maior que uma pessoa que consegue arrecadar sendo motorista de aplicativo”, afirmou.
Segundo Cunha, o suspeito também possui habilidades em informática que lhe permitem falsificar documentos com aparência autêntica. “Ele é dotado de um conhecimento de informática em que consegue falsificar um documento com uma aparência de documento real”, disse.
Histórico de fraudes
O homem já responde a um inquérito por furto qualificado em 2022, quando teria desviado cerca de R$ 260 mil da empresa onde trabalhava, apresentando notas fiscais falsas.
“Não é a primeira vez que ele apresenta um documento falso. Ele goza de uma expertise na área de informática em que falsificou notas ainda em 2022, como se aquela mercadoria tivesse entrado na empresa. Quando a empresa fez o balanço, verificou que aquela mercadoria não teria entrado, tanto que ele foi investigado pela Deccotec, tendo em vista que foram apresentadas notas fiscais falsas”, detalhou o delegado.
Polícia pede novas denúncias
A Polícia Civil suspeita que o homem tenha cometido outras fraudes para manter o padrão de vida e divulgou sua foto para auxiliar nas investigações. Quem tiver sido vítima pode entrar em contato pelos telefones (86) 99481-1594 e (86) 99473-1757 ou procurar a unidade policial da circunscrição onde o crime ocorreu.
“A polícia acredita que ele vem cometendo outras fraudes para manter esse padrão de vida incompatível com a atividade que ele exerce, então se alguém já foi vítima dele, pode entrar em contato”, finalizou o delegado.
Fonte: Cidade Verde