Foto: José Cruz/Agência Brasil
Com mais de 57 mil mamografias realizadas em 2025, o Piauí ampliou significativamente o acesso ao diagnóstico precoce do câncer de mama, especialmente entre mulheres a partir dos 40 anos. Como parte das ações de reforço ao tratamento, o estado recebeu, na quinta-feira (23), uma remessa com 224 unidades do medicamento Trastuzumabe Entansina, recém-incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) para casos avançados da doença.
A rede estadual conta com 43 mamógrafos fixos e o serviço itinerante dos Caminhões da Mamografia, que percorrem os municípios levando o exame a quem mais precisa. O foco principal tem sido nas mulheres entre 40 e 49 anos, faixa etária que passou a ser atendida sob demanda, conforme nova orientação do Ministério da Saúde.
A técnica em radiologia Ana Vitória atua na Central de Diagnóstico de Valença e confirma o impacto direto na vida da população. “Antes o exame só era disponibilizado em clínica particular. Agora, mulheres de toda a região vêm aqui, fazem o agendamento e realizam o exame. Atendemos mulheres a partir dos 40 anos, sem fila, com estrutura pública. Isso melhorou muito a vida das pessoas”, afirma.

Complementando as ações de prevenção, o estado também fortaleceu o tratamento da doença com a chegada do primeiro lote do Trastuzumabe Entansina, indicado para casos de câncer de mama HER2-positivo, uma das formas mais agressivas da enfermidade. As 224 unidades destinadas ao Piauí fazem parte de uma remessa nacional de 11.978 frascos, distribuída pelo Ministério da Saúde.
O medicamento será disponibilizado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), conforme os protocolos clínicos vigentes. Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento pode reduzir em até 50% a mortalidade das pacientes com esse tipo de câncer. O investimento federal totaliza R$ 159,3 milhões, com previsão de quatro entregas até junho de 2026, beneficiando mais de mil pacientes ainda este ano.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou a importância da mobilização nacional. “Estamos orientando que mulheres de 50 a 74 anos façam mamografia pelo menos a cada dois anos, com rastreamento ativo pelas equipes de saúde da família. E se uma mulher a partir dos 40 anos quiser fazer o exame, o profissional deve garantir o acesso. Além disso, atualizamos os medicamentos para tratamento, com os mais modernos disponíveis no SUS, aumentando a chance de sobrevida”, destacou.
Fonte: Ascom Gov