Um conselheiro tutelar foi preso temporariamente na manhã desta quinta-feira (11) suspeito de homicídio, no município de Jardim do Mulato, no Piauí. Segundo a Polícia Civil do Piauí, o conselheiro e o seu primo, que também foi alvo de cumprimento de mandado de prisão, são suspeitos de executar Antônio Marcos Vieira de Araújo, em maio deste ano, no município.
O conselheiro também exercia no município de presidente do sindicato dos pescadores de Jardim de Mulato e é apontado como principal autor do crime.
“O conselheiro tutelar teve uma rixa com a vítima do homicídio, sendo inclusive ameaçado pela vítima do homicídio. O conselheiro tutelar denunciou a vítima do homicídio por se envolver com menores de idade. Assim, começou uma briga entre ambos que envolvia supostas ameaças. Então o conselheiro tutelar com a ajuda do primo (segunda pessoa presa) resolveram fazer justiça com as próprias mãos”, explica o delegado Saul Laurentino, responsável pelo inquérito.
Além do mandado de prisão, a polícia também cumpriu mandado de busca e apreensão. O conselheiro tutelar foi afastado após requerimento da polícia atendido pela justiça. As investigações revelaram ainda indícios de envolvimento dos investigados em práticas relacionadas à compra de armas de fogo e ao tráfico de drogas na região.
“Aprofundando as investigações, a polícia civil descobriu o envolvimento do conselheiro tutelar com tráfico de drogas e compra e posse de arma de fogo”, conta o delegado.
Segundo a polícia, o inquérito traz elementos que indicam que a vítima foi morta possivelmente por duas pessoas, já que o laudo pericial constatou lesões compatíveis com o uso de arma de fogo e arma branca.
O homicídio ocorreu em uma estrada vicinal isolada, sem residências, testemunhas ou câmeras de segurança, o que, foi apontado pela polícia como dificuldade, exigindo a adoção de técnicas avançadas de investigação. A vítima foi atraída para o local como forma de emboscada. Antônio Marcos respondia por ameaça contra o conselheiro.
Os presos foram encaminhados para Delegacia de Amarante onde passaram pelos procedimentos cabíveis ao caso.
Fonte: Cidade Verde