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em 09 de novembro de 2022

Gal Costa, uma das maiores vozes da música popular brasileira, morreu na manhã desta quarta-feira (9), aos 77 anos. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da artista e a causa da morte é desconhecida.

No perfil oficial do Instagram, foi noticiado a morte da estrela: ‘É com profunda tristeza e o coração apertado que comunicamos o falecimento da cantora Gal Costa, na manhã desta quarta-feira, 09 de novembro, em São Paulo. Informações sobre o velório e sepultamento serão divulgadas posteriormente’.

 

Agradecemos o carinho de todos neste momento tão difícil.

Equipe Gal

 

 

 

 

 

 

Gal Costa morre aos 77 anos em São Paulo - Foto: DivulgaçãoGal Costa morre aos 77 anos em São Paulo – Foto: Divulgação

A cantora era uma das atrações do festival Primavera Sound, que aconteceu em São Paulo no último fim de semana, mas teve sua participação cancelada de última hora. De acordo com a equipe da própria Gal Costa, ela precisava se recuperar após a retirada de um nódulo na fossa nasal direita e ficaria fora dos palcos até o final de novembro, seguindo recomendações médicas.

 

A cirurgia ocorreu em setembro, pouco após sua apresentação em outro festival de música em São Paulo, o Coala. De lá para cá, ela não havia voltado a se apresentar, mas já tinha datas de shows da turnê As Várias Pontas de uma Estrela marcadas para dezembro e janeiro.

Gal Costa foi uma revolução das vozes e dos costumes na música brasileira desde seu surgimento na cena nacional, na década de 1960.

A artista deixa o filho Gabriel Costa Penna Burgos, de 17 anos.que inspirou o último álbum de inéditas. “A pele do futuro”, de 2018, foi o 40º disco da carreira. “Está vindo a geração que salvará o planeta”, disse ela, quando lançou o álbum.

Gabriel foi adotado pela cantora quando tinha 2 anos de idade, depois de conhecê-lo num abrigo no Rio. A maternidade, segundo a cantora, mudou completamente sua vida.

Gal Costa e o filho Gabriel Foto: Arquivo Pessoal Gal Costa e o filho Gabriel Foto: Arquivo Pessoal 

 

— Ele é um amor, uma luz na minha vida. Sempre me fez muito bem ficar perto dele. Agora… é um típico adolescente que fica no quarto trancado, jogando (risos). Eu faço tudo para ele e por ele e agora quero ser avó. Gabriel será um ótimo pai.

Na mesma entrevista, Gal afirmou que o sonho de sua vida sempre foi ser mãe. Revelou, inclusive que tentou ter um bebê com Milton Nascimento.

— Mas me lembro que me oferecia para ter filho com todo mundo (risos)… Porque o sonho da minha vida era ter um filho. E eu não engravidava. Minha mãe falava “Gracinha”, ela me chamava assim, “adote uma criança”. Mas achava que filho tinha que ser parido. Hoje, sei que filho é amor. Eu e Bituca (Milton Nascimento) tínhamos um projeto de ter um filho juntos. Olha só, que oferecida eu era… (risos). Mas era por causa das nossas vozes. Achávamos que um filho nosso teria uma voz especial. Quando eu estava com o Marco Pereira (violonista com quem ficou casada), a gente tentou ter um filho e fui averiguar… Tive uma menopausa precoce (aos 42 anos), não tava ovulando mais…

Morre Gal Costa, ícone do MPB, aos 77 anos Morre Gal Costa, ícone do MPB, aos 77 anos 

Aproximou-se ainda adolescentes aos também baianos Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gilberto Gil, com quem integraria o grupo conhecido como Doces Bárbaros, responsável mais tarde por um disco definidor da década de 1970.

Tinha ainda pouco mais de 20 anos quando participou do álbum “Tropicália ou Panis et Circensis”, pedra fundamental do movimento tropicalista. Logo depois, em 1971, fez um dos espetáculos de maior repercussão da história da MPB, “Fa-Tal”, que viraria também um álbum cultuado.

Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945 em Salvador e foi a voz de clássicos da MPB como “Baby”, “Meu nome é Gal”, “Chuva de Prata”, “Meu bem, meu mal”, “Pérola Negra” e “Barato total”.

 

Foram 57 anos de carreira, iniciada em 1965, quando a cantora apresentou músicas inéditas de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Ela ainda era Maria da Graça quando lançou “Eu vim da Bahia”, samba de Gil sobre a origem da cantora e do compositor.

Ela seguiu gravando várias músicas de Gil e Caetano, mas foi incluindo no repertório versos de outros compositores como Cazuza (“Brasil”, 1998); Michael Sullivan e Paulo Massadas (“Um dia de domingo”, de 1985); e Marília Mendonça (“Cuidando de longe”, 2018).

 

Na longa carreira, Gal lançou mais de 40 álbuns entre discos de estúdio e ao vivo. “Fa-tal”, “Índia” e “Profana” foram três dos principais.

O último álbum lançado foi “Nenhuma Dor”, em 2021, quando Gal regravou músicas como “Meu Bem, Meu Mal”, “Juventude Transviada” e “Coração Vagabundo”, com cantores como Seu Jorge, Tim Bernardes e Criolo.

Gal Costa: Reprodução-InstagramGal Costa: Reprodução-Instagram

Fonte: Meio Norte

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