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Há um mês em greve, professores formam comissão para fazer contraproposta

Algumas escolas estão completamente parada. A professora Auristela Torres lamentou que os estudantes tenham o ano letivo prejudicado por conta da greve.

em 16 de março de 2016

Os trabalhadores da Educação do Estado do Piauí se reuniram em assembleia no Teatro de Arena, nesta terça-feira (15), para discutir a contraproposta que será apresentada ao Governo do Estado. Em greve deste do dia 15 de fevereiro, a categoria se reuniu ontem (14) com o desembargador Francisco Paes Landim, do Tribunal de Justiça, mas recusou a proposta apresentada pelo governo.

Diante do impasse, algumas escolas da rede estadual de ensino estão completamente paralisadas. É o caso da Escola João Clímaco D’Almeida, que está com mais de 720 alunos, nos turnos manhã e tarde, sem assistir aula.

Fotos: Assis Fernandes/ODIA

A professora Auristela Torres lamentou que os estudantes tenham o ano letivo prejudicado por conta da greve dos professores, contudo, destacou que o movimento visa buscar melhorias para a categoria. “O ano letivo não precisa, necessariamente, coincidir com o ano civil, podendo começar em 2016 e terminar em 2017, o que é prejuízo para o nosso aluno, sobretudo para aqueles que estão concluindo o terceiro ano. Mas é algo que não é culpa dos professores estarem em greve. Nós estamos querendo o que é de direito nosso, e está nas mãos do governador”, disse.

Ela destacou que não é justo parcelar o reajuste, vez que outras categorias, sobretudo parlamentares, recebem o aumento na íntegra e em tempo hábil. A professora ainda acrescentou que o governo do estado não cumpriu com o acordo feito com os técnicos administrativos e não deu o aumento da segunda parcela aos trabalhadores.

“Nós já somos tão massacrados, então não podemos aceitar essa divisão. A greve não é boa para nós, porque nós iremos sacrificar nossos sábados e nossas férias. Corremos o risco de perder alunos, mas se não fizermos isso, quem vai lutar por nós. Nesses trinta dias de greve estamos sem aula, e outras escolas que conheço também estão todas paradas”, frisou a professora Auristela Torres.

No dia 02 de março, o desembargador Francisco Paes Landim expediu uma decisão judicial impondo restrições à greve dos professores da rede estadual de ensino do Piauí. De acordo com a decisão, pelo menos 70% dos professores deveriam retornar às salas de aula, para que o ano letivo não ficasse totalmente comprometido. Além disso, também ficou previsto que os servidores grevistas não poderiam interferir nas aulas ou impedir a entrada de outros professores nas salas de aula. Caso as determinações não fossem cumpridas, o Sinte-PI estava sujeito a multa diária de R$100 mil.

Professores formam comissão para fazer contraproposta

De acordo com o secretário de Comunicação do Sinte-PI (Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Piauí), Kássyus Lages de Carvalho, as escolas estaduais estão cumprindo a decisão judicial de manter 70% dos professores em sala de aula, percentual estipulado pelo Tribunal de Justiça.

Entretanto, ele destacou que a fiscalização está sendo feita basicamente em Teresina e que não é possível fazer o controle em escolas localizadas no interior do Estado. Kássyus Lages ainda acrescentou que este percentual inclui funcionários de outros áreas, como merendeiras e vigilantes.

“Não recebemos nenhuma notificação de que não estamos cumprindo com a decisão, então estamos bem tranquilos quanto a isso. Nós temos provas para apresentar, seja para a Seduc ou para a Justiça, que estamos cumprindo a proposta”, finalizou.

A equipe de reportagem do Jornal O DIA entrou em contato com o Tribunal de Justiça para verificar se a decisão judicial estava sendo cumprida, mas foi informada que a fiscalização e execução da multa é competência do Ministério Público do Trabalho. Este órgão, por sua vez, comunicou que a competência é do Ministério Público Estadual (MPE). O MPE comunicou que nenhuma promotoria está fiscalizando o cumprimento da decisão judicial. Já a Seduc (Secretaria Estadual de Educação do Estado) informou que não tem conhecimento da fiscalização, mas que, segundo levantamento, 60% das escolas estaduais estão funcionando normalmente.

Por: Isabela Lopes – Jornal O DIA

1 Comentário

  1. jose augusto carvalho disse:

    O Wellington maltrata os trabalhadores da Educação!

Os comentários estão encerrados para esta matéria.