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70% dos casos de traumatismo craniano no Piauí ocorrem por acidentes com motos, revela pesquisa

Dados são da pesquisa feita pelo coordenador de Neurocirurgia do Hospital Getúlio Vargas (HGV), Daniel França, que ressaltou a importância da conscientização dos condutores de motocicletas quanto a prevenção de acidentes, já que no traumatismo craniano ocorre a perda irreversível de neurônios.

em 25 de maio de 2017

Ilustração (Foto: Reprodução)

Acidentes de motos são responsáveis por 70% dos casos de traumatismos cranianos registrados em hospitais de urgência e referência do Piauí, é o que revela uma pesquisa realizada pelo coordenador de Neurocirurgia do Hospital Getúlio Vargas (HGV), Daniel França. Durante apresentação dos resultados da pesquisa, em palestra realizada na manhã desta quinta-feira (25), no auditório do HGV, o médico informou que o percentual é sete vezes maior que a média mundial, além disso, os casos registrados no Piauí, têm gravidade quatro vezes maior e uma taxa de mortalidade e sequelas mais elevadas que a média mundial. O pesquisador constatou ainda que 80% dos motociclistas vítimas de traumatismo craniano, não usavam o capacete no momento do acidente.

“Os casos de acidentes de moto acontecem com muita frequência, no Piauí, porque o uso da moto é mal feito, usam irresponsavelmente a moto, não usam capacete, bebem antes de dirigir e na sua maioria dos casos, os veículos são pilotados por pessoas inabilitadas”, afirmou o pesquisador.

Daniel ressaltou a importância da conscientização dos condutores de motocicletas quanto a prevenção de acidentes, já que no traumatismo craniano ocorre a perda irreversível de neurônios que pode trazer limitações à vida do acidentado.

“A grande mensagem que tem ficar é que qualquer traumatismo, especialmente o craniano, devido ao fato da célula nervosa, ou seja, o neurônio, não se regenerar, deve ser evitado. Qualquer tratamento é sempre insuficiente para a reabilitação”, ressaltou.

Acidentados de trânsito fazem filas de espera aumentarem

Segundo a diretora geral do HGV, não é novidade que o hospital que recebe encaminhamentos de todos os hospitais do estado, é o que mais sofre com filas extensas de pacientes aguardando atendimento médico. O problema, segundo ela, é que as filas estão cada vez maiores, pois são “engordadas” pelas vítimas de acidentes de trânsito.

De acordo com a gestora, só para se ter uma dimensão, das 1.270 consultas ortopédicas agendadas por mês no HGV, 80% são para atender vítimas de acidentes de trânsito, sem citar as outras especialidades. Ainda, mensalmente, o hospital realiza uma média de 300 cirurgias ortopédicas, destas 70% são de acidentados no trânsito.

Ela ressaltou que os números são cada vez maiores, onerando os cofres públicos, trazendo prejuízos à economia do país de forma geral.

“Nós temos, na verdade, um úmero que é muito grande. Sem falarmos que uma mesma pessoa, às vezes, precisa fazer várias cirurgias e reabilitação, daí essa fila enorme. Temos usuário do nosso hospital, vítima de acidente de trânsito, que já fez nove cirurgias e ainda não está encerrado. Veja o quanto essas pessoas ficam afastadas de suas atividades laborais, representando um prejuízo no ponto de vista econômico para o país como um todo”, disse.

Clara Leal acredita que os acidentes de trânsito não são fatalidades e podem ser evitados, A saída para a diminuição dos números, segundo a diretora, é a educação e conscientização dos condutores de veículos.

“Acidente de trânsito não é fatalidade, ele é evitável. Na maioria dos casos são causados por ingestão de bebidas alcoólicas, falta do uso de capacete e do cinto de segurança, pelo desrespeito aos limites de velocidade e pela condução dos veículos por pessoas sem habilitação. Esse são fatores que contribuem para esse caos, mas que são evitáveis. Precisamos é mudar a nossa postura no trânsito”, concluiu.

Meio Norte

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