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Em Teresina, transportes públicos correm risco de entrarem em greve

Dessa vez, a questão salarial não se sobrepõe as condições de trabalho; os motoristas cobradores também fazem críticas ao sistema de Integração da capital

em 20 de setembro de 2019

Ônibus podem parar na próxima semana (Foto: Édrian Santos/OitoMeia)

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro) consideram que há 80% de chance de entrarem em greve na próxima semana em Teresina. Em entrevista ao OitoMeia, na tarde dessa quinta-feira (19/09), o presidente da categoria Fernando Feijão declarou que já houve uma reunião e que os empresários aceitaram pagar o reajuste no plano de saúde. Mesmo com uma das reivindicações atendidas, os sindicato acredita que as demais não serão facilmente solucionadas.

“O Setut resolveu conversar para ver se a gente resolve os problemas sem que haja o movimento. Tivemos uma reunião prévia pelo menos na questão do plano de saúde que já foi resolvido. Os empresários não estavam repassando para o plano de saúde o valor do reajuste e pagando apenas o valor de 2018. Quando foi esse mês, a operadora não aceitou mais receber sem reajuste e ficamos preocupados com o plano ser bloqueado para todos os trabalhadores”, declarou o Sintetro. 

A categoria também levará queixas à Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), em reunião, na próxima segunda-feira (23/09). A principal delas é a ausência dos corujões na zona Sudeste, após suspensão da empresa Consórcio.

“Com a Strans estamos buscando que os corujões voltem a funcionar na zona Sudeste. Eles estavam querendo que eles circulassem sem os cobradores e o sindicato não aceita, por isso tiraram. Isso prejudica os trabalhadores que precisam se locomover na madrugada. Isso já está com duas semanas. Eles alegam que não estão ganhando com os corujões”, afirmou Fernando Feijão. 

Dessa vez, a questão salarial não se sobrepõe às condições de trabalho. Os motoristas e cobradores também fazem críticas ao sistema de Integração da capital, mas precisamente aos terminais de ônibus.

“Eles estão obrigando os trabalhadores a fazerem dupla jornada. Demitem, não contratam e quem fica tem que fazer duas pegadas. Fora a falta de manutenção dos ônibus, alguns o pisca-alerta não funciona, buzina, freio. Isso pode causar acidentes. Os terminais de integração não tem condição de absorver os trabalhadores. Nós tínhamos terminais em fim de linha com lanchonete e banheiros. Agora, temos que dividir com os usuários”, pontuou o presidente dos Rodoviários. 

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