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Soja faz o Piauí alcançar superávit recorde na balança comercial

em 22 de abril de 2022

balança comercial piauiense obteve um superávit de U$ 148,4 milhões, no primeiro trimestre. É um recorde para o período, além de registrar o maior crescimento do país, algo em torno 1.800%, na comparação com o ano passado. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia que apontou a soja como o responsável por esse crescimento estratosférico. De cada 100 dólares que entraram no Estado, esse ano, em torno de 65 foram provenientes da venda do produto ao exterior.

Balança comercial piauiense obteve um superávit de U$ 148,4 milhões - Foto: Arquivo/JMNBalança comercial piauiense obteve um superávit de U$ 148,4 milhões – Foto: Arquivo/JMN

E não é pra menos. Segundo o acompanhamento da safra brasileira de abril, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Piauí deverá registrar a maior produtividade de soja de sua história, com média de 3.6 kg por hectare (56,8 sacas/ha), colocando-o à frente, em termos de rendimento, dos demais produtores da região do Matopiba, área compreendida entre os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, e que é considerada uma das últimas fronteiras agrícolas do país.

expectativa da safra de soja, deste ano, no Piauí se aproxima das 3,3 milhões de toneladas de grãos, um crescimento de 20,6% em relação à colheita de 2021. Na verdade, trata-se do maior percentual de crescimento entre os estados produtores de soja no país. O Mato Grosso, por exemplo, que é o maior produtor de soja do Brasil em quantidade, tem previsão de crescimento de apenas 7,3%, ou seja, menos da metade do que o Piauí deve crescer.

Para Alzir Neto, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja do Piauí (Aprosoja-PI), essa é uma grande oportunidade de mostrar o que o estado pode oferecer. “Os resultados são muito satisfatórios. Uma safra recorde que a gente começou a colher e com isso o Piauí mostrando que tem uma capacidade de produzir muito por hectare, mostrando que tem técnica, tem precisão no trabalho e tem votação para agricultura”, pontuou, lembrando que as chuvas deste ano, também, ajudaram bem.

E bota ajuda nisso, hein. As chuvas foram boas durante todo o período, segundo a meteorologia. Porém, as ocorridas em março foram fundamentais para a consolidação das lavouras de primeira safra. Houve aumento de 5,4% da área devido à conjuntura favorável do mercado. A maioria das lavouras se encontram em enchimento de grãos e maturação. Cerca de 85% das lavouras estão em boas condições. “E olha que o período chuvoso ainda não terminou de fato”, lembrou Alzir.

Piauí se transformou em um mar de soja

Em virtude desse conjunto de fatores e a grande produtividade da soja, a área de semeadura do Piauí vem girando em torno de 893,2 mil hectares, um aumento de 8% frente à temporada passada. Apelidado de “caçulinha”, o Estado começou os investimentos no agronegócio da soja há cerca de 25 anos apenas e cresceu mais de 20% nesse intervalo, saindo de 2.5 milhões de toneladas para mais de 3 milhões de toneladas.

Safra de soja no Piauí se aproxima das 3,3 milhões de toneladas - Foto: Jornal MNSafra de soja no Piauí se aproxima das 3,3 milhões de toneladas – Foto: Jornal MN

O cenário da soja no Piauí é tão bom que o estado vem sendo protagonista esse ano em eventos nacionais. O primeiro ocorreu ainda em fevereiro, na Fazenda Progresso, no município de Sebastião Leal, no extremo sul piauiense. Lá, foi promovido, pela primeira vez na história, a abertura da colheita nacional da oleaginosa. Dezenas de produtores de todo o país estiveram no local para falar da produção nacional de soja e das expectativas futuras.

“Antes o que era um Cerrado, foi transformado em um mar de soja. Teremos uma safra recorde e o Piauí tem capacidade de mais do que dobrar a sua produção de grãos. Acredito que isso acontecerá nos próximos dez anos”, afirmou Alzir Neto, presidente da Aprosoja-PI, destacando que o nível de técnica e de precisão das lavouras mostra a aptidão do estado em vencer os gargalos da produção do estado, como a infraestrutura e a logística.


Fonte: Meio Norte

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