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No Piauí, participação de mulheres na produção agropecuária cresceu 66,2%

Assim, em 2006 cerca de 13,32% das mulheres gerenciavam as atividades e em 2017 passou para 22,13% (54.340)

em 28 de outubro de 2019

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados definitivos do Censo Agropecuário do Piauí 2017. Os dados mostram em termos de pessoal ocupado, a agricultura familiar do Estado, que ocupava, em média, 77,36% (518.540 famílias) no setor agrícola do Piauí em 2017, em relação à 2006. 22,64% (151.781) não são de agricultura familiar. Quando analisamos por sexo, na agricultura familiar o contingente de homens representava 65,75% (340.940) do total do pessoal ocupado, enquanto as mulheres representavam 34,25% (177.600).

No tocante às características do produtor, quanto ao sexo, no período de 2006 a 2017 verificou-se um crescimento de 66,26% no quantitativo de mulheres administrando estabelecimentos agropecuários. Assim, em 2006 cerca de 13,32% das mulheres gerenciavam as atividades e em 2017 passou para 22,13% (54.340). Contudo, em 2017 os homens permaneciam sendo a maioria dos produtores em 77,79% dos estabelecimentos agropecuários, apesar de ter sofrido uma redução de -10,17%, em comparação ao ano de 2006, quando era 86.68% (212.695).

Percebeu-se ainda que, entre os anos de 206 a 2017, houve no Piauí um envelhecimento no perfil dos produtores agropecuários. Segundo dados do IBGE, foi registrada uma queda na participação de pessoas com menos de 45 anos. Em 2006, os produtores com menos de 35 anos representava 22%, enquanto em 2017 esse número reduziu para 14%. Já a quantidade de produtores com 55 anos ou mais passou de 35,48%, em 2006, para 43,24% em 2017.

Nível de instrução

A Pesquisa mostra ainda que houve uma queda no analfabetismo entre os produtores agropecuários entre os anos de 2006 e 2017 de cerca de 6%. Mesmo assim, aqueles que não sabiam ler ou escrever ainda representava quase 42% dos produtores em 2017.

Ao nos depararmos com o nível de escolaridade dos produtores agropecuários do Piauí, percebemos que uma parte daqueles que declarou não saber ler ou escrever (41,85%) chegou até a frequentar escola, enquanto 27% dos produtores afirmam nunca participado do ensino regular. Por sua vez, ao nos depararmos com os produtores de melhor escolaridade, temos que 2,42% deles possuíam graduação no ensino superior e 0,08% possuíam Mestrado ou Doutorado.

Produtos

Verificou-se que nos períodos de 2006 a 2017, os produtos tradicionais da lavoura temporária como o arroz e o feijão tiveram uma queda substancial em sua produção, respectivamente de 78,54% e 56,39%. A queda mais acentuada na produção do arroz tem sua origem no problema hidrológico, ou seja, do acesso à água para a lavoura, sempre prejudicada em razão dos períodos de estiagem.

Merece destaque nesse período analisado o crescimento vertiginoso das lavouras de milho e soja, respectivamente com 317,41% e 243,06% de aumento na produção, bastante cultivadas principalmente na fronteira agrícola que se abriu na região dos cerrados, com o crescimento do agronegócio

Fonte: O Dia

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