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Picoense constrói asa-delta mini trike utilizando motor de moto

O que era uma paixão de criança, está se tornando o sonho realizado de um metalúrgico apaixonado por aviação. Antônio Leal, mais conhecido como Antônio de mestre Brás

em 20 de abril de 2016

O que era uma paixão de criança, está se tornando o sonho realizado de um metalúrgico apaixonado por aviação. Antônio Leal, mais conhecido como Antônio de mestre Brás, tem 44 anos, reside no bairro Passagem das Pedras e está prestes a realizar seu sonho de construir uma aeronave de pequeno porte, utilizando apenas material de sua metalúrgica, o motor de uma moto Twister 250 cilindradas e uma asa-delta.

O modelo batizado de “asa-delta mini trike” é uma espécie de asa-delta motorizada. O modelo de Antônio Leal difere do modelo tradicional. Ele acoplou o banco de um bugre para que o usuário faça o voo sentado e não deitado como é de costume. A asa-delta é feita com peças de metal desenvolvidas por seu Antônio em sua metalúrgica, tem uma única hélice de madeira, tanque de combustível de dois litros e meio – que será alterado para outro com capacidade de sete litros.

A asa-delta, que já foi comprada pronta, sofrerá mudanças. Segundo seu Antônio, ele precisa de uma asa que suporte 130 quilos, peso do mini trike somado ao seu próprio peso: “vou fazer algumas mudanças significativas. Quero reforçar a asa-delta para suportar um peso de 180 quilos, isso me dará mais segurança”, garante.

O motor do mini trike é movido a gasolina e tem aceleração fixa. Ele pode chegar a uma velocidade de até 80km/h, mas para levantar voo, de acordo com Antônio, é necessário apenas 50km/k. Do lado direito do assento, Antônio colocou uma peça utilizada nas marchas de bicicleta, ela é usada como acelerador. Com o atual tanque de combustível seria possível que o usuário fizesse até uma hora de voo.

Esse é o primeiro protótipo desenvolvido por Antônio, que foi iniciado em julho de 2015 e que ainda deve passar por pelo menos mais cinco meses de testes e adaptações até ser considerado apto a levantar voo. Antônio possui pouco conhecimento na área e busca na internet informações para o projeto: “Tenho experiência de metalúrgico, de sempre estar criando alguma coisa, sei um pouco de mecânica e isso tem me ajudado até agora. Comecei a fazer pesquisa na internet, tenho estudado, mas não tenho conhecimento específico nessa área. Pretendo fazer algumas viagens a Teresina para buscar mais informações e instrução no aeroclube”, disse.

No carrinho, o controle de freios e mudança de direção em terra firme todos são feitos com os pés, mas no ar, a asa-delta será controlada com as mãos, como uma asa-delta convencional.

O voo final de teste, infelizmente não deve ser feito em Picos, já que o aeroporto local é por vezes movimentado. Antônio deverá fazer o teste no aeroporto de Itainópolis ou de Patos, que segundo ele, estão praticamente desativados. A asa-delta vai custar em média R$ 8 mil reais ao final de todo o projeto, todo custeado por Antônio.

Fonte: Folha Atual

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