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Médicos do Hospital Regional Justino Luz em Picos, ameaçam parar por falta de pagamento

Profissionais que atuam no Justino Luz afirmam que, caso a paralisação ocorra, o número limitado de profissionais efetivos em algumas especialidades pode comprometer o atendimento da população.

em 11 de agosto de 2016

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Os médicos plantonistas que prestam serviço ao Hospital Regional Justino Luz (HRJL), referência hospitalar na macrorregião de Picos, ameaçam paralisar os atendimentos a partir do dia 20 de agosto. O motivo é o atraso salarial sofrido pelos profissionais e o impasse na negociação dos débitos.

Segundo ofício assinado pela classe e encaminhado ao Ministério Público, à Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (SESAPI) e à direção da unidade, a situação se estende, em alguns casos, desde o mês de maio.

Neste período, os servidores tentaram diálogo com o Instituto de Gestão e Humanização – organização social que administrou o hospital por um período de aproximadamente 10 meses – porém, a negociação não avançou e os pagamentos não aconteceram. A empresa deixou a administração do hospital sem quitar plantões referentes aos meses de maio, junho e até o dia 8 de julho.

No ofício assinado por mais de 20 profissionais, os médicos destacam que atuam “com afinco em plantões exaustivos e em situação precária”. Além disso, a parceria sem sucesso entre o estado e a IGH também é citada: “[A classe] não pode pagar pelo insucesso de uma terceirização improdutiva, prática recorrente em nosso meio e repudiada pela nossa categoria por levar à precarização das relações de trabalho entre médico e gestor”.

PREJUÍZO

Profissionais que atuam no Justino Luz afirmam que, caso a paralisação ocorra, o número limitado de profissionais efetivos em algumas especialidades pode comprometer o atendimento da população. Entre os exemplos citados estão obstetras, cirurgiões, pediatras e anestesistas, sendo estes em grande maioria prestadores de serviço.

IGH

A Organização Social Instituto de Gestão e Humanização (IGH), oriunda da Bahia, assumiu a administração do Hospital Regional Justino Luz em outubro de 2015 com a missão de gerir o hospital e administrar R$ 37 milhões para custeio, sendo R$ 3,1 milhões mensais.

No início de julho deste ano, a organização social foi obrigada a deixar a unidade a partir de decisão da Justiça do Trabalho. Com a saída, a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) voltou a assumir a coordenação do Justino Luz.

OUTRO LADO

O Grande Picos tentou contato por telefone com assessoria da SESAPI e do IGH, mas não obteve até a publicação da reportagem.

Fonte: Grande Picos

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