Picoense Luís Carlos vai bem no pan-americano
Atual campeão mundial na canoa, o picoense Luís Carlos tenta readaptar sua rotina de treinos e competições a uma dinâmica diferente.
Cleiton Jarmes em 23 de junho de 2015
Prata na final, 15 centésimos de diferença para o campeão – o também brasileiro Fernandes Fernandes – e uma chance enorme de ser o representante brasileiro nos jogos paralímpicos do Rio 2016. O piauiense Luís Carlos da Silva garantiu o vice-campeonato sul-americano e pan-americano no caiaque (56s79), classe KL1, disputada nesse fim de semana, em São Paulo. Com apenas quatro meses de treinos desde quando voltou a se dedicar ao caiaque, classe que integra o leque de modalidades olímpicas, Luís garantiu vaga no Mundial previsto para agosto em Milão, na Itália. Basta ficar entre os cinco melhores do mundo para o atleta assegurar presença nas Paralimpíadas. Além do bom desempenho no caiaque, o atleta ainda conquistou um ouro pan-americano e sul-americano na canoa (1m05s39), sua especialidade.
Luís Carlos e delegação brasileira de paracanoagem (Foto: Reprodução/CBC)
– Ficar centésimos de segundo do primeiro lugar é muito importante, pois mostra que o trabalho do meu treinador está dando certo. Falo da importância desse resultado do caiaque porque quase bati um tetracampeão mundial. Estou focado e treinando bastante para ter um melhor resultado e buscar o meu bi mundial na canoa – confessou.
Atual campeão mundial na canoa, Luís Carlos tenta readaptar sua rotina de treinos e competições a uma dinâmica diferente. Enquanto na canoa, o paratleta rema com uma pá e apenas em um dos lados, é no caiaque que o vigor físico se sobressai em remadas com duas pás em ambos os lados.
Luís Carlos e o técnico Akos Angyal exibem conquistas no Pan-Americano e Sul-Americano (Foto: Arquivo Pessoal)
– Ele venceu uma etapa dessa classificação (aos jogos do Rio 2016) e agora tem o Mundial. Se ficar entre os cinco, está dentro – reiterou o técnico húngaro Akos Angyal.
O Brasil teve bons resultados nos dois torneios realizados na raia da USP, em São Paulo. O país somou vitórias nas classes VL1, VL2 e VL3, além de um segundo lugar na KL1 feminino. O KL1 feminino abriu o programa de provas. A chilena Katherinne Wollermann foi campeã com 1m14s99, enquanto Andréa Pontes foi a brasileira mais bem colocada, em segundo lugar, com 1m37s39.
– O cenário geral da competição foi muito positivo. Tivemos bons resultados da equipe brasileira e boas participações dos atletas dos outros países. Agora nosso foco está na próxima grande competição internacional que será o Campeonato Mundial, onde ocorrerá a seleção para algumas vagas dos Jogos Paralímpicos – disse o supervisor da paracanoagem da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), Leonardo Maiola.
Fonte: G1
