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Gato atropelado se locomove com ajuda de cadeira de rodas no Piauí

Percebendo a dificuldade do animal, Francisca começou a pesquisar na internet formas de fisioterapia e como melhorar o bem estar do gato.

em 21 de março de 2016

gato cadeira

Gato atropelado se locomove com ajuda de cadeira de rodas no Piauí

Como um bebê que precisa de cuidados e carinho, o gatinho Vitório, nome dado devido sua história, também necessita de uma atenção redobrada, isso porque o animal sofreu um acidente que comprometeu suas patas traseiras e só consegue caminhar com facilidade com ajuda de uma cadeirinha com rodas.

O gato foi encontrado há menos de um ano pela comerciante Francisca Maria, da cidade de Ipiranga do Piauí, sul do estado, que viu o animal se arrastando pela rua e sensibilizada decidiu leva-lo para casa.

“Eu vi o gatinho se arrastando pela rua, mas tinha que ir pro trabalho. Fiquei pensando nele o dia inteiro, começou a chover e então eu fui resgatá-lo. Levei pra casa, dei banho, dei remédio e coloquei um saco para que as patas dianteiras não ferissem mais do que já estavam. Como ele é muito dócil e carinhoso não consegui doar pra ninguém. Dei o nome de Vitório porque acho ele um vitorioso já que foi atropelado e sobreviveu”, explicou.

Percebendo a dificuldade do animal em se locomover, Francisca começou a pesquisar na internet formas de fisioterapia e como melhorar o bem estar de Vitório até que encontrou como fazer uma cadeirinha especial para animais que possuem algum tipo de deficiência e para a sua surpresa a pessoa que fez a cadeira se sensibilizou com a deficiência do gatinho e fez de graça.

Vitório brinca com Théo mesmo com cadeira de rodas (Foto: Divulgação/Francisca Maria)“Eu ficava com dó dele porque eu percebia o quanto era ruim ele ficar se arrastando. Fui na internet e achei uma cadeirinha, dai levei no veterinário pra saber como estava o estado de saúde dele, tirei as medidas e levei em uma pessoa que tem uma loja de materiais de construção. Ele disse que nunca tinha feito nada parecido, mas eu mostrei o vídeo e ele fez de graça, porque se sensibilizou com a história”, esclareceu.

Francisca conta com muita emoção que na primeira tentativa com a cadeirinha, o gato Vitório já se saiu muito bem e que hoje corre e brinca. “Eu vi nos olhos dele a satisfação de poder voltar a andar normalmente. Com alguns ajustes conseguimos fazer a cadeira perfeita para a sua locomoção. Ele corre por toda a casa, brinca, sobe em calçadas, faz tudo. A noite eu tiro para que ele possa dormir melhor”, contou.

A dona do animal ainda diz que por causa da paralisia nas patas traseiras, o gatinho não possui sensibilidade na região e precisa de uma fralda para fazer as necessidades. “Ele sujava muito a casa porque como não tem sensibilidade na parte detrás do corpo ele faz em qualquer lugar. Por isso, compro fraldas e troco ao longo do dia para o conforto dele”, declarou.

Amizade sincera com outro gato da casa
Desde que chegou em sua nova casa, Vitório virou o melhor amigo de Théo, outro gato da casa. De acordo com a comerciante, os dois não se desgrudam um minuto.

“Se Théo some por um instante, Vitório começa a procurar. Eles brincam muito juntos e a cadeirinha não impede isso. É uma amizade muito bonita. O Théo até passeia mais, vai comigo para a casa da minha mãe na moto, mas o Vitório eu prefiro deixar em casa por enquanto. Aos poucos ele vai socializando. Esse é o único momento que eles se separam”, explicou.

Novidade da cidade
Por causa de sua história, o gatinho Vitório é conhecido na cidade e deixa as pessoas curiosas por causa da sua condição. “Todo mundo me pede pra fazer vídeo e postar nas redes sociais. Elas querem ver como ele se locomove porque acham diferente. Tenho uma vizinha que sempre quer visitá-lo. Enfim, todos ficam impressionados com a condição do Vitório”, comentou a dona.

Cuidados especiais com animais deficientes
Segundo a veterinária da Universidade Federal do Piauí, Roselma Moura, a cadeirinha é uma ótima opção para esses tipos de animais deficientes, mas é preciso que os donos tenham alguns cuidados.

“Primeiro é necessário procurar um especialista para que se avalie o estado de saúde do animal. Depois disso os donos devem deixar a casa livre de muitos objetos para que os bichos não se enrosquem e não batam nas coisas. É preciso uma área livre para a sua locomoção. A cadeirinha tem que estar bem ajustada, de acordo com a anatomia do animal para que haja um equilíbrio das patas dianteiras e traseiras”, esclareceu.

Fonte: G1 PI

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