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Por causa do caju governo lança projeto ” Piauí Empreendedor” em Santo Antônio de Lisboa, município será projeto piloto para o estado

O Piauí Empreendedor tem como objetivo traçar um plano de desenvolvimento para trabalhar as cadeias produtivas do estado, como a ‘cajucultura’, ‘psicultura’, ‘fruticultura’ e produção de leite.

em 01 de junho de 2017

O município Santo Antônio de Lisboa, localizado a pouco mais de 300km de capital Teresina, sediou, na tarde desta quarta-feira (31) na Câmara Municipal dos Vereadores, o debate em torno de ações para implementação local do ‘Programa Piauí Empreendedor’.

O Programa, do Governo do Estado, é desenvolvido através da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) e Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) em parceria com a Câmara Setorial da Cajucultura e Banco do Nordeste, com apoio do Sebrae, prefeituras municipais, Emater, Sindicatos locais e demais entidades do setor inclusas no projeto.

O Piauí Empreendedor tem como objetivo traçar um plano de desenvolvimento para trabalhar as cadeias produtivas do estado, como a ‘cajucultura’, ‘psicultura’, ‘fruticultura’ e produção de leite, sendo estes alguns dos setores pontuados pelo Governo como áreas que estão com deficiência e precisando de um amparo e sustentabilidade maiores.

Presente ao evento no município, o representante do SDR, Cléber de Alencar Carvalho, relatou ao Piauí em Foco que Santo Antônio de Lisboa foi escolhido para lançar o projeto por ser um local cuja ‘cajucultura’ é muito forte.

”Estamos percorrendo cada município para sentar com os produtores e montar uma linha de ação, pontuando as necessidades, dificuldades e até mesmo o escoamento de produção. Depois ser montada toda conjuntura, todo um plano a ser apresentado ao governador, para que a gente possa estar trabalhando diretamente uma linha de ação com os produtores”, detalhou Cléber.

O representante da SDR explicou ainda que as atividades pretensas na microrregião estarão centralizadas em Santo Antônio de Lisboa, mas beneficiarão todos os municípios da região, sobretudo os produtores que, dentro do contexto da ‘cajucultura’, tenham por base também a agricultura familiar. “Inicialmente contemplando um número menor nesta fase ‘experimental’, para que depois a gente possa estar multiplicando em uma proporção maior”, concluiu Cléber.

Em conversa com o Piauí em Foco, o prefeito de Santo Antônio de Lisboa (‘SAL’), Wellington Carlos, comemorou a implantação do projeto e descreveu as boas expectativas para o setor no município, destacando o desenvolvimento da ‘cajucultura’ local como uma porta para tirar o município da crise financeira a qual está passando, segundo o gestor.

“Estamos na luta buscando fazer um belo trabalho pelo nosso município através da ‘cajucultura’ e viabilizada estas parcerias com todos os órgãos presentes aqui hoje, com certeza vamos aumentar a produção de caju; produção essa que ao decorrer dos últimos 5 anos caiu em torno de 60%. Queremos agora uma projeção bem melhor e esse incentivo disponibilizado vai ajudar toda macrorregião de Picos a voltar a ser uma grande potência como éramos antes na produção do caju, com escoamento para os demais estados do nordeste e também exportação de castanha.

O prefeito reforçou ainda o compromisso de sua administração em manter as parceria junto aos demais órgãos de gestão pública para desenvolver toda região, a qual ele descreveu como rica e de pessoas trabalhadoras. “Vamos sim lutar cada dia para conseguir essa melhoria os recursos destes trabalhadores. Grandes trabalhadores que mesmo ao longo destes 5 anos de seca, continuaram na luta, nunca desistiram do caju. Vamos trabalhar, investir mais na ‘cajucultura’, irrigação do caju, adubamento e nos fortalecer pra desenvolver nosso município e fazer com que ele saia dessa crise”, concluiu.

Em discurso, o presidente da ‘COCAJUPI’, secretário municipal de Agricultura de Monsenhor Hipólito, Jocibeldo, destacou a importância do desenvolvimento de tal Programa. “É uma alegria estar aqui hoje com bancos, Sebrae, produtores e tantos outros discutindo a ‘cajucultura’ para nosso estado e nossa região. Antes de mais nada (de cargos), eu sou filho de pequeno produtor e sei dos desafios da ‘cajucultura’, sei da importância que ela tem para nossa região e nós precisamos, independente de partido, independente de qualquer outra coisa, fortalecer a nossa cadeia de produção de caju”, afirmou o secretário referindo-se a oportunidade de crescimento da ‘cajucultura’ com o projeto em debate.

Durante entrevista ao Piauí em Foco, Lenildo Lima, presidente da ‘Câmara Setorial da Cajucultura’, formada por 22 instituições, afirmou que o município de Santo Antônio de Lisboa é um espelho em relação a produção de caju no estado, reforçando a escolha de SAL para iniciar o ‘Piauí Empreendedor’ no setor da ‘cajucultura’ também por começar neste período, diferente de locais mais próximos da capital Teresina, cuja produção é iniciada em agosto.

“Estamos aqui agora para escolher 30 produtores que se enquadram na linha de crédito de investimento do banco fomento do Governo do Estado e Banco do Nordeste (forte), além de Banco do Brasil e Caixa Econômica. Esse financiamento é para toda cadeia de caju: fábrica de cajuína, fábrica de doce, plantio, para limpeza do pomar, enfim, toda área do caju vai ter financiamento para que a gente possa fortalecer a cadeia dessa produção no estado”, afirmou o presidente.

De acordo com Lenildo, a Câmara Setorial decidiu mudar os rumos da ‘cajucultura’ no Piauí, verificando os investimentos a serem feitos e quais locais para começar as ações. O objetivo, segundo o mesmo, é resgatar ao longo de calculados 20 anos tudo o que foi perdido em termos de desenvolvimento do setor.

Além das autoridades já citada, também estive presente no evento a secretária de agricultura de SAL, Débora Barros; o presidente da Câmara Municipal, vereador Francisco Paulo; a gerente regional do Sebrae de Picos, Ana Mary; presidente da APISEM, Ranilson; da Emater, Lucas Bitencourt; presidente do Sindicato das Indústrias de ‘SAL’, Leontino; presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de ‘SAL’, Audi Lima; o gerente do Banco do Nordeste, Agenor Trindade; e demais representantes.

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