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Fabricante pede racionamento e alerta que hospitais de Teresina podem ficar sem oxigênio

em 24 de março de 2021

 

A empresa White Martins, responsável pelo fornecimento de oxigênio em Teresina, enviou uma notificação à Fundação Municipal de Saúde (FMS) fazendo um alerta para a possibilidade de falta de oxigênio e ar medicinal na capital.

No documento, enviado no último sábado (20), pelo gerente executivo da White Martins das unidades do Ceará e Piauí, Alexandre Oliveira, a empresa recomenda o uso racional do oxigênio nas unidades de saúde de Teresina, chegando a pedir a transferência de pacientes.

Veja documento da White Martins

Consta no documento, que 59% dos gases medicinais- que deveriam ser suficientes para abastecer unidades de saúde na Capital até junho- já foram consumidos.

A empresa White Martins aponta a necessidade de interligação de compressores na Unidade de Pronto Atendimento do Promorar e o Hospital do Monte Castelo para reduzir o consumo. A empresa sugere ainda um acréscimo de 50% no valor do contrato para o fornecimento de mais gases medicinais.

“Precisam interligar seus compressores para reduzir o consumo [..] que está muito alto, acarretando excesso de demanda em tais equipamentos, comprometendo seu funcionamento e, por óbvio, o suporte à vida de dos pacientes”, diz o documento.

Na notificação há a orientação para transferência de pacientes para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT)  e Hospital do Promorar que possuem capacidade de estocagem de oxigênio medicinal maior que as demais unidades hospitalares.

O presidente da FMS, Gilberto Albuquerque, esclarece que a sobrecarga nos dois hospitais – UPA do Promorar e Hospital do Monte Castelo – se deve ao alto consumo de oxigênio.  “O paciente covid antes consumia um cilindro e agora precisa de oito cilindros, um aumento muito alto”, explicou Gilberto Albuquerque.

Ele diz que pacientes que estão consumindo mais oxigênio estão sendo transferidos para unidades de saúde maiores.

“Por conta da recomendação da White Martins focamos em aumentar a capacidade de reservatório HU, HUT e HGV. A empresa disse que vai abastecer todos os dias, mas com frequência menor. O risco de desabastecimento é em todo o Brasil, mas em Teresina, todas as alternativas estão sendo buscadas”, disse Albuquerque.

Ele pontua ainda que está em contato com empresas do país inteiro para a viabilidade de uma usina de oxigênio.

“Também estamos tentando conseguir o maior número de cilindros possíveis. Além disso, estamos tentando, junto a White Martins, que aumente a frequência de reabastecimento de nossos tanques de oxigênio. Essas três medidas estão sendo trabalhadas simultaneamente”, disse o presidente da FMS.

Foto: Futura Press/Folhapress

Por meio de nota, a FMS reforça que “Teresina está tomando todas as providências possíveis para a garantir a aquisição de oxigênio. A FMS está em contato com empresas fabricantes ou locatárias de usinas de oxigênio do Brasil inteiro. Também está tentando encontrar o maior número possível de fornecedores para cilindros de oxigênio, e mantendo diálogo com a White Martins, empresa fornecedora, para que aumente a velocidade de reposição desses gases, ou seja, aumentar a frequência de enchimento dos tanques”.


Via Cidade Verde

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