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Piauí ocupa o 3º lugar em índice de amputações por diabetes do Nordeste

Hoje, dia 14 de novembro, celebra-se o Dia Mundial do Diabetes

em 14 de novembro de 2019

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Uma morte a cada 10 segundos, um diagnóstico a cada cinco segundos. Essa estatística assustadora é relacionada ao diabetes. Hoje, dia 14 de novembro, celebra-se o Dia Mundial do Diabetes e metade da população diabética não sabe que tem a doença e só a outra metade que tem conhecimento faz o tratamento. Para alertar a população com ações de educação, prevenção, conhecimento, busca por políticas públicas que estimulem o autocuidado e a adesão ao tratamento, a Associação dos Diabéticos do Piauí (ADIP) realiza nesta quinta-feira (14), uma ação especial em alusão ao dia de combate da doença.

A patologia além de causar a morte traz complicações severas como cegueira e principalmente amputações. Procedimentos hospitalares de amputação de membros por conta de problemas de saúde em decorrência de diabetes somaram 280 procedimentos em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) do Piauí, até julho deste ano. Em média, são 45 amputações por mês. Em 2018, foram 525 ocorrências, deixando o estado piauiense em terceiro lugar no Nordeste, com uma taxa de mortalidade de 12, 38%, ficando atrás apenas da Bahia e do Ceará, de acordo com o Ministério da Saúde.

O “Pé diabético”, como é chamada a complicação do diabetes quando há um machucado nos pés é o responsável pelo maior número de amputações por membro, pode ser prevenido, conforme detalhou a presidente da Adip, Jeane Melo. “A associação vem promovendo diversas reuniões com palestras que venham a reduzir as amputações. Somos um dos estados que mais realizam amputações e há uma dívida com o diabético, visto que essa é uma cirurgia tão traumática. O diabético chega a esse ponto porque muitas vezes  não fez o diagnóstico no tempo certo. Estamos buscando a informação, os cuidados do pé.”, pontuou.

Mobilização

Com o objetivo de socializar informações à população sobre o diabetes a ADIP realiza um mutirão gratuito em um shopping de Teresina, das 16 às 20h para chamar a atenção para o autocuidado ligado a esse mês do Novembro Azul. “Essa é uma oportunidade para as pessoas que têm diabetes ou não, conversarem com profissionais para fazer uma avaliação antropométrica, aferir glicemia, avaliação e orientação nutricional; orientações médicas, aferição de pressão arterial;verificar o pé diabético; escore de risco, bem como estará fazendo o cadastro de pessoas interessadas em se associarem à instituição”, convida Jeane.

De acordo com a presidente, essas pequenas ações levam as pessoas a reduzir os casos de diabetes, não só de amputações, de AVC, de cegueiras e até mortes. “É urgente uma ação como essa porque iremos verificar se alguém está com a glicemia muito alterada para chamar a atenção para que essa pessoa procure um profissional. É preciso facilitar o acesso ao médico, ao exame, ao medicamento e à informação para que as pessoas aprendam a ser estimuladas”, reforça.

Embora não tenha cura, o diabetes pode ser tratado e controlado e a pessoa pode ter uma vida tranquila. No Piauí, políticas públicas estão sendo desenvolvidas para essa população como a Lei do medicamento em 2014 que de forma recorrente distribui medicação de insulina para diabéticos gratuitamente. O Piauí já inaugurou o primeiro ambulatório de pés diabéticos com realização da ADIP em parceria com o Hospital Lineu Araújo e hoje faz parte do Centro de Assistência ao Diabético (Cadi). Para que o atendimento ocorra, a pessoa com diabetes deverá apresentar documento médico que comprove a patologia.

Um outro projeto de lei do deputado Flávio Nogueira Júnior (PDT) na Assembleia Legislativa torna prioridade o atendimento às pessoas portadoras de diabetes em órgãos públicos, estabelecimentos comerciais e instituições financeiras, em compatibilidade com os mesmos direitos dos idosos, deficientes e gestantes.

A ação desta quinta-feira  conta com a realização da ADIP, Sociedade de Endocrinologia e Metabolismo do Piauí, Sociedade Brasileira de Cardiologia Piauí, Sociedade Brasileira de Diabetes e Liga de Endocrinologia e Metabologia da Universidade Federal do Piauí.

Fonte: Meio Norte

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