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Pescadores de Fronteiras abandonam profissão para se tornarem “caçadores de água”

A Barragem de Barreiras, localizada em Fronteiras pode armazenar até 52 milhões de metros cúbicos de água, mas tem apenas 5 milhões – menos de 10% de sua capacidade.

em 04 de março de 2015

FRONTEIRAS |  Pescadores deixam profissão para se tornarem “caçadores de água”

Açude Barreiras em Fronteiras

A Barragem de Barreiras, localizada em Fronteiras (400 km de Teresina), pode armazenar até 52 milhões de metros cúbicos de água, mas tem apenas 5 milhões – menos de 10% de sua capacidade. Como consequência da seca, pescadores da região estão deixando suas profissões para serem “caçadores de água”. Sem outra opção de sobrevivência, eles saem em caminhões para procurar poços que contenham água potável. A sofrida realidade foi destaque na segunda parte da série “Água: O grande desafio”, apresentada no Jornal do Piauí desta terça-feira (3).

Um balde com 20 litros de água potável custa em média R$ 1,50. Um caminhão armazena até 14 mil litros – cerca de R$ 186. Também é vendida a água não potável, retirada da própria barragem, que serve apenas para o consumo animal.

O caminhão com 14 mil litros de água suja custa em média R$ 60. A repórter Karina Matos, que conduz a série especial, constatou o forte cheiro da água da barragem, que é coberta por uma espuma branca. Os moradores já constataram que armazenar água nessas condições inutiliza os reservatórios e atrai urubus.

Em meio ao triste cenário, a TV Cidade Verde teve acesso aos criatórios de peixes, que produzem cerca de 6 mil quilos de pescados por mês. Karina foi de barco acompanhar como funciona a piscicultura na região, que com a seca, já perdeu 30% de sua produção. O projeto não tem incentivo do governo e é mantido pelos próprios moradores.

“Aqui é só projeto nosso. Temos orgulho disso. Já estamos há 9 anos fazendo esse trabalho dar certo”, disse o pescador Francisco Pires. Entretanto, após o término da reportagem, quando a equipe já estava em Teresina, foi informada de que 25 toneladas de peixe morreram com o agravamento da falta de água nos últimos dias.

Fonte: Cidade Verde

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