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Provas do Enem serão em 17 e 24 de janeiro de 2021

em 11 de julho de 2020

Candidatos se preparam para o Enem 2020 em tempos de pandemia — Foto: Agência Brasil

As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 serão aplicadas em janeiro e fevereiro de 2021, anunciou o Ministério da Educação (MEC).

Adiado após pressão de estudantes e parlamentares por causa da pandemia de Covid-19, o novo cronograma do Enem prevê:

  • Provas impressas: 17 e 24 de janeiro, para 5,7 milhões inscritos
  • Prova digital: 31 de janeiro e 7 de fevereiro, para 96 mil inscritos
  • Reaplicação da prova: 24 e 25 de fevereiro (para pessoas afetadas por eventuais problemas de estrutura)
  • Resultados: a partir de 29 de março

O anúncio foi feito pelo secretário-executivo do MEC, Antonio Paulo Vogel, e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, durante coletiva de imprensa, em Brasília.

“Entendemos que essa decisão não seja perfeita e maravilhosa para todos”, afirmou Vogel. “Mas buscamos uma decisão técnica, que melhor se adequava para todos.

Segundo o MEC, a data não prejudicará o ingresso dos aprovados nas universidades no primeiro semestre de 2021.

“SE A GENTE DEIXASSE PARA MAIO DO ANO QUE VEM, OS INGRESSOS [NAS FACULDADES] SERIAM SOMENTE NO SEGUNDO SEMESTRE DO ANO QUE VEM”, JUSTIFICOU VOGEL, AFIRMANDO QUE A DEFINIÇÃO DA DATA DO ENEM TRAZ UMA “REAÇÃO EM CADEIA” EM RELAÇÃO A PROCESSOS E PROGRAMAS COMO SISU, PROUNI, FIES E AS MATRÍCULAS PÚBLICAS E PRIVADAS NO ENSINO SUPERIOR.”

O secretario-executivo do MEC também afirmou que um segundo Sistema de Seleção Unificada, Sisu, poderá ser aplicado em 2021.

Custos extras por causa da pandemia

Por causa da pandemia, o MEC pediu ao governo federal um adicional de R$ 70 milhões para a execução do Enem 2020. As principais mudanças são:

  • Aluguel de mais salas para dar maior espaçamento dos alunos
  • Compra de máscaras e materiais de segurança
  • Oferta de álcool gel
  • Novos protocolos de segurança e identificação dos alunos

No ano passado, o custo do Enem foi de R$537 milhões. Este ano, com o Enem digital e com aumento de inscritos, o governo estima que o valor poderá ser maior.

Escolha da data teve enquete

Na semana passada, o governo divulgou o resultado da enquete que perguntou aos alunos quando as provas do Enem 2020 deveriam ser aplicadas. 50% dos participantes afirmaram preferir a prova em maio de 2021. Apesar da preferência, foi necessário articular o cronograma com estados e universidades, que usam o Enem como vestibular.

“Apesar de maio ter sido a resposta mais citada, somados, os estudantes que preferiam dezembro e janeiro foram maioria na enquete”, comentou o secretário-executivo.

Segundo o governo, as questões do Enem 2020 já estavam prontas antes da pandemia e o conteúdo continua sendo o mesmo.

Quanto ao Enem digital, o MEC informou que a prova poderá ser totalmente digital até 2026.

A nova data para o Enem 2020 é definida mais de quatro meses após a suspensão das aulas presenciais e fechamentos das escolas em todo o Brasil por causa da disseminação do coronavírus.

Pressão para adiar o Enem

A realização do Enem 2020 estava prevista para novembro, mas após pressão da sociedade diante da suspensão das aulas com a pandemia de coronavírus, o exame foi adiado.

No entanto, decisão pelo adiamento só ocorreu depois de o governo enfrentar questionamentos judicias. O debate chegou ao Congresso, e o Senado aprovou um projeto que adiava o Enem 2020. O texto seguiu para avaliação da Câmara dos Deputados.

A indefinição gerou ansiedade em estudantes, que chegaram a fazer campanha nas redes sociais pela realização da prova em maio, o que beneficiaria estudantes da rede pública, segundo eles, por dar mais tempo para a preparação. Outros preferiram a prova em outra data (dezembro ou janeiro, por exemplo), para não correrem o risco de não ter Enem em 2021.

Fonte: G1