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Prepare o bolso: bandeira vermelha nas contas de luz continua em agosto

em 31 de julho de 2021

 (crédito: Carlos Silva/CB/D.A Press - 26/8/14)
(crédito: Carlos Silva/CB/D.A Press – 26/8/14)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, ontem, que as contas de luz vão continuar com a bandeira vermelha no nível 2 em agosto. A decisão significa que os consumidores vão continuar pagando uma taxa adicional de R$ 9,49 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. O patamar é o mais caro do sistema de bandeiras tarifárias.

Segundo a agência reguladora, as afluências, ou seja, a quantidade de água que chega às principais bacias hidrográficas do sistema elétrico em julho, “continuam entre as mais críticas” da série histórica. As perspectivas são de que a situação seja semelhante em agosto.

“Agosto inicia-se com igual perspectiva hidrológica, com os principais reservatórios do SIN (Sistema Integrado Nacional) em níveis consideravelmente baixos para essa época do ano. Essa conjuntura sinaliza horizonte com reduzida capacidade de produção hidrelétrica e necessidade de acionamento máximo dos recursos termelétricos”, diz a nota.

É o terceiro mês consecutivo em que a bandeira vermelha 2 é acionada devido ao aumento nos custos de geração de energia, que tem sido um dos principais motivos da alta da inflação. Diante dos baixos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, o governo autorizou o maior uso de termelétricas para garantir o abastecimento no país. O Ministério de Minas e Energia (MME) estima que o uso dessas usinas deve custar R$ 13,1 bilhões até novembro.

A situação levou a agência a reajustar o valor da taxa adicional paga pelos consumidores via conta de luz. Em 29 de junho, a diretoria da Aneel aprovou um aumento de 52% na taxa da bandeira vermelha 2 — que passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh.

O valor, porém, pode ser ainda mais alto nos próximos meses. O órgão analisa proposta de que a taxa cobrada na bandeira vermelha patamar 2 chegue a até R$ 11,50. A decisão final será da diretoria colegiada do órgão, que ainda não tem previsão para analisar o processo.

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 e sinaliza ao consumidor o custo da geração de energia elétrica no país. Na prática, as cores e modalidades — verde, amarela ou vermelha — indicam se haverá ou não cobrança extra nas contas de luz, e em qual valor.

A bandeira verde, quando não há cobrança adicional, significa que o custo para produzir energia está baixo. O acionamento das bandeiras amarela e vermelha representa um aumento no custo da geração e a necessidade de acionamento de térmicas, o que está ligado principalmente ao volume dos reservatórios e das chuvas.


Fonte: Correio Braziliense

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