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Vídeo: preso confessa participação na morte do comandante do 1º BPM e conta detalhes

Em depoimento, Iranilson disse que passou pelo veículo e Candomblé (que se entregou na tarde de hoje (22) saltou da moto. Em seguida, ele ouviu o policial militar ser baleado.

em 22 de março de 2017

(Imagem: Reprodução/Cidade Verde)

A única pessoa presa – suspeita de participação na morte do comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar do Piauí, major Mayron Moura Soares – confessou o crime e contou detalhes da ação criminosa em vídeo. Iranilson Pereira dos Santos, 29 anos, que usa tornozeleira eletrônica, afirmou que ele e o comparsa queriam roubar o celular do PM, mas que só soube através da rede social que a vítima era policial militar. O preso falou com a imprensa na Delegacia de Homicídios na manhã desta quarta-feira (22).

O major Mayron Moura Soares, 44 anos, morreu após levar um tiro durante o assalto no bairro Todos os Santos, na zona Sudeste de Teresina. Ele estava com o filho e chegou a ser socorrido, mas morreu no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

Segundo o suspeito, a intenção era apenas realizar um assalto. Eles teriam avistado o major falando ao celular, momentos antes da abordagem. Sobre o motivo do tiro, Iranilson disse que não foi o autor dos disparos.

“Eu não vi o que aconteceu porque só parei mais adiante. A gente só queria o celular. Quando ele [Wallison Jonatas Rodrigues, conhecido como Candomblé] pulou na moto já foi dizendo que tinha atirado. Só soube que era um PM pelas redes sociais”, disse.

O suspeito contou ainda que estava sendo monitorado havia nove meses por tornozeleira eletrônica após uma tentativa de furto em uma empresa de telemarketing e que – atualmente – trabalhava como metalúrgico. “Ele me chamou para dar uma volta… Sabia que era um assalto”, relatou.

Questionado se havia alguma mensagem para familiares do Major, ele se limitou a dizer: “Não tenho palavras”.

Polícia confirma versão

O coordenador da Delegacia de Homicídios, Francisco Costa, o Baretta, confirmou a versão do preso. Segundo ele, o depoimento de Iranilson e do filho do Major – que presenciou a abordagem dos suspeitos – coincidem.

O delegado disse que, segundo depoimentos, a vítima e seu filho estavam próximos ao ponto final dos ônibus do bairro São Sebastião, região do Deus Quer, zona Sudeste de Teresina. Os dois aguardavam a filha do Major que voltava da faculdade.

“O filho nos contou que os dois estavam dentro do carro e resolveram sair por conta do calor. Eles ficaram encostados no veículo, mexendo no celular. O filho estava ouvindo música, enquanto o major conferia mensagens”, disse Baretta. Neste momento, dois homens em uma moto abordaram o policial.

(Imagem: Reprodução/Cidade Verde)

Em depoimento, Iranilson disse que passou pelo veículo e Candomblé saltou da moto. Em seguida, ele ouviu o policial militar ser baleado. Ele foi atingido no peito esquerdo. Exames realizados no Instituto Médico Legal (IML) apontaram que o tiro transfixou o coração.

“O Iranilson relatou que o Candomblé já subiu na moto dizendo: ‘deu errado; ele é polícia’, e os dois fugiram”, disse o delegado.

O coordenador da DH destacou que o militar sequer conseguiu efetuar um disparo. O filho da vítima declarou que, após ser baleado, o pai já caiu com o rosto no chão. Ele chegou a tentar socorrer e colocou o pai sobre suas pernas. Uma viatura fez o transporte, mas o policial não resistiu.

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