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Maior presídio do Piauí bate recorde de presos e maioria é usuário de droga

Com histórico de rebeliões, a Casa de Custódia chega ao seu limite máximo. No entanto, diretor do presídio, Jean Bezerra, informou que o local registra 379 dias sem rebelião ou motim.

em 27 de junho de 2017

Nesta terça-feira – 27 de junho de 2017 – a Casa de Custódia bateu um recorde.  Pela primeira vez, registra o maior número de presos nos últimos anos. São 1.023 detentos abrigados no maior presídio do Piauí, quando a capacidade é de 343. Na manhã de hoje, a Secretaria Estadual de Justiça lançou o Projeto Nortear para conscientizar os detentos sobre os malefícios das drogas. O Cidadeverde.com entrou no presídio e acompanhou a solenidade.

Com histórico de rebeliões, a Casa de Custódia chega ao seu limite máximo. No entanto, diretor do presídio, Jean Bezerra, informou que o local registra 379 dias sem rebelião ou motim.

A superlotação, segundo o diretor é o problema mais grave no presídio. “É um trabalho continuado nos noves pavilhões onde chegamos ao maior pico de presos. Tudo isso é força de vontade e trabalho dessa equipe. Estamos a 379 dias sem motins ou rebeliões, mesmo estando com a capacidade três vezes maior que o permitido”, disse o diretor.

Limitação de presos

O diretor ressaltou ainda que a Sejus não barrou a entrada de novos presos porque todos os outros presídios enfrentam a superlotação.

Usuário de drogas

Segundo levantando da Custódia, 60% dos presos no local são usuários de drogas. A Sejus realizou um evento especial levando o promotor Mário Alexandre Costa Normando, da Comarca de Água Branca. Ele levou uma  mensagem de esperança aos detentos.

Logo depois houve uma solenidade para apresentar o material apreendido durante as vistorias. Em um ano, de junho de 2016 a junho de 2017, foram apreendidos 162 celulares, comprimidos de rupinol e medicamentos controlados, 1 quilo e 300 gramas de maconha e 500g de crack e cocaína. Todo o material foi incinerados no pátio da Casa de Custódia.

O projeto Nortear funciona por meio de intervenções de psicólogos e busca melhorar a saúde de pessoas privadas de liberdade que estão em processo de abstinência de substâncias psicoativas.

A coordenadora de Psicologia Prisional da Secretaria de Justiça, Olívia Normando, informou que o projeto surgiu a partir da necessidade de se apresentar soluções para a dependência de drogas no sistema prisional.

Cidade Verde

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