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No Piauí, cerrados evoluíram com plantio de soja, e em em menos de 10 anos estado se tornou uma fronteira agrícola

em 19 de outubro de 2017

Os cerrados piauienses evoluíram com o plantio da soja e conseguiram se tornar em menos de 10 anos não só uma potencialidade, mas uma verdadeira fronteira agrícola do Brasil. Nunca se produziu tanta soja e tanto milho em solos do Piauí Moderno como em 2017.

As regiões de Bom Jesus e Uruçuí tiveram um forte incremento na agricultura e graças à mecanização e automação a região dos cerrados piauienses registra recorde nas safras e tem transformado o Piauí em uma das áreas mais produtivas do Brasil. Os campos de Uruçuí produziram 2 milhões e 500 mil toneladas de soja e 1 milhão e 385 mil toneladas de milho, batendo recorde na colheita do Estado.

Revolução com o plantio automatizado no Piauí (Crédito: Efrem Ribeiro)
Revolução com o plantio automatizado no Piauí (Crédito: Efrem Ribeiro)

O clima e todas as condições favoráveis do cerrado ajudaram, mas o fator definitivo para o aumento da produção foram as máquinas apelidadas de “plantadeiras”, avaliadas em quase US$ 1 milhão de dólares, são operadas de maneira automatizada, e trazem o recomeço do ciclo colheita e plantio. A máquina consegue plantar 200 mil sementes por hectare, em impecáveis linhas retas e colhendo sem quebrar os grãos, evitando prejuízos e perdas aos produtores rurais.

O empresário e fazendeiro Altamir Domingos Franco, sócio-proprietário da empresa Condomínio União 2000, um dos 242 empreendimentos de agronegócios localizados em Uruçuí, diz que a agricultura desenvolvida no Piauí tem o mesmo padrão do Brasil porque os fazendeiros têm maquinário altamente automatizado e acompanham os moldes mundiais de padrão tecnológico.

Revolução com o plantio automatizado no Piauí (Crédito: Efrem Ribeiro)
Revolução com o plantio automatizado no Piauí (Crédito: Efrem Ribeiro)

“Temos insumos, fertilizantes e maquinário de ponta”, afirmou Altair Domingos. São tratores andando sozinhos, colheitadeiras colhendo grãos sozinhos, máquinas plantando sozinhas. Muitas vezes, os pilotos ficam nas máquinas em frente a computadores para os casos de buracos e curvas, mas são casos raros.

Os grãos do cerrado piauiense abastecem, principalmente, o Nordeste. 90% do milho do Piauí fica na região, a soja se divide entre os mercados nacional e internacional. Com a automação, a mão de obra ficou mais especializada nas fazendas dos cerrados. As fazendas também querem se tornar autossuficientes na produção de energia elétrica e estão apostando na energia solar com instalação de usinas fotovoltaicas para fornecer energia para toda área.

Clima – Altair Domingos Fianco afirmou que o importante para agricultura são as condições climáticas favoráveis e os fazendeiros estão torcendo para que sejam semelhantes às da safra 2016-2017, com plantio de 684 hectares. Foram plantados, na safra de 2015-2016, 564 mil hectares, com uma produção de 585 mil toneladas de soja; na safra de 2016-2017, foram plantados 684 mil hectares, com uma produção de 2,015 milhões toneladas de soja.

Revolução com o plantio automatizado no Piauí (Crédito: Efrem Ribeiro)
Revolução com o plantio automatizado no Piauí (Crédito: Efrem Ribeiro)

A atual safra foi de 2.882 quilos de soja por hectare. Em relação à plantação do milho, na safra de 2015-2016, a produção foi de 650 mil toneladas, e na safra de 2016-2017, a produção em 147 mil hectares foi de 1,350 mil toneladas.

Tecnologia permite soja intacta sem ataque de pragas

A soja RR1 era somente resistente a um princípio ativo chamado Glifosate. A tecnologia da soja intacta é resistente à maioria das lagartas e não tem nenhuma relação com o herbicida e, sim, com o inseticida. “A média da produtividade do milho no Piauí também foi muito alta, com uma média 8,7 toneladas por hectare, que é excelente. Na minha fazenda, a produtividade foi de 12 toneladas por hectare. O milho teve uma produtividade maior do que a própria soja”, explicou Altair.

Conforme Fianco, não houve ataque de pragas durante a safra agrícola de 2016-2017, o que levou uma tranquilidade em relação às pragas. O Piauí teve poucos casos da ferrugem asiática, apenas um relato na comunidade Santa Rosa, no município de Uruçuí, e comunidade da Nova Santa Rosa e na Serra do Quilombo, no município de Bom Jesus.

Revolução com o plantio automatizado no Piauí (Crédito: Efrem Ribeiro)
Revolução com o plantio automatizado no Piauí (Crédito: Efrem Ribeiro)

O fazendeiro conta que a tecnologia de maquinário está se desenvolvendo de forma muito avançada com máquinas monitoradas por satélites, a partir dos Estados Unidos. É uma tendência mundial, máquinas grandes, de alto rendimento e de grande potencial de plantio e de tecnologia agregada. “As máquinas trabalham praticamente sozinhas. O trator faz seu trabalho sozinho, o que também vale para a colheitadeira, para o pulverizador”, falou Altair Fianco.

Máquinas evitam desperdícios e há maior aproveitamento de grãos

As máquinas-robôs fazem o que os homens não conseguem fazer, porque plantam em linhas absolutamente retas. O maquinário é programado para entrar em linhas retas, com uma variação de três centímetros, o que é praticamente imperceptível ao olho humano, liberando o agricultor da remonta de plantio, fazendo com que realize um plantio altamente automatizado e qualificado.

As plantadeiras não perdem um grão, como se a plantação estivesse sendo plantada com as mãos. É plantado um grão após o outro e não com os grãos esparramados, como era no passado. “Isso faz com que a tecnologia tenha um pulverizador que atua com um sensor de calor e que mede o calor da erva daninha e da soja e aplica apenas onde existe um pé da planta invasora”, disse Fianco.

As colheitadeiras colhem tudo com o piloto automático. A máquina entra em linha reta, não é preciso comando e o sistema de debulha não quebra os grãos. As máquinas têm sistema de rotor, que possuem um índice mínimo de quebra dos grãos. “Isso melhora a qualidade dos grãos para quem compra e para quem vende. A colheitadeira é a mesma nas duas culturas. Essas mudanças na tecnologia fazem com que a qualidade dos grãos aumente em 40% e a produção tenha um aumento de 25%”, informou Altair.

Fonte: Meio Norte

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