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Superlotação de tanques pode ter matado 17 toneladas de peixes em Francisco Macedo Piauí

Os criadores da Associação de Pisicultores de Francisco Macedo (APIFRAN), localizada no Sul do Piauí, ainda procuram as causas do prejuízo acima de R$ 200 mil

em 16 de fevereiro de 2017

Os criadores da Associação de Pisicultores de Francisco Macedo (APIFRAN), localizada no Sul do Piauí, ainda procuram as causas do prejuízo acima de R$ 200 mil, após perderem pouco mais de 17 toneladas de peixe, no domingo (12). A superlotação dos tanques, que levou a falta de oxigenação, é a causa mais provável para a morte dos peixes que eram criados para atender à demanda da quaresma e da semana santa.

De acordo com o presidente da associação, Izedito Coutinho, ainda não se chegou a um diagnóstico sobre a causa da mortandade das tilápias, mas acredita que as mortes podem ter ocorrido por falta de oxigenação em alguns tanques.

“Ainda não podemos dizer muita coisa, somente que nunca havíamos passado por esse tipo de problema. A gente acredita que pode ser algo relacionado ao oxigênio em algumas partes de alguns tanques, porque percebemos que nos tanques com níveis mais baixos de água houve menos mortandade e, em outros, com profundidade maior, houve mais mortes. A superlotação dos tanques é outra hipótese”, informou.

Peixes teriam morrido por superlotação em tanques  espécies em engorda e prontos para o abate, e tinham peso que variava entre 350 gramas e 1,5 kg. Os criadores previam comercializar mais de 25 toneladas da criação na época da quaresma e da Semana Santa.

“É uma situação muito triste para a nossa associação. Nós vedemos direto, abastecemos grandes cidades como Picos e Araripina, em Pernambuco. Estávamos mesmo preparando os peixes para a época da Páscoa. Ainda não sabemos como vamos fazer, mas foi uma perda muito grande”, lamentou.

Ao G1, Izedito revelou que a associação não realizava análises na água dos tanques e que tinham a noção dos perigos que isso acarretava. Segundo ele, por serem muitos associados o diálogo muitas vezes é difícil e reconhece que a associação precisa ter um olhar mais técnico daqui para frente. A associação nunca havia adquirido um kit de análise para monitorar as condições dos tanques, segundo Izedito, por se tratar de uma ferramenta muito cara.

“Nós tínhamos noção desse perigo, mas nunca achamos que isso poderia acontecer em nossa associação. Até agora não compramos um kit de análise das condições das águas, porque é muito caro, mas sabemos que é crucial termos um.Eu também falei várias vezes que precisávamos esvaziar mais os tanques, vender os peixes, mas ninguém fez isso. O problema aconteceu, agora vamos nos reunir para ver o que nos restou e trabalhar em cima disso. Vamos receber a ajuda de engenheiros que irão avaliar a situação e pretendemos trabalhar de uma maneira mais técnica para minimizar prejuízos”, disse.

Izedito informou ainda que a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR) se comprometeu em fornecer o kit de análise para a associação, além de enviar técnicos para avaliar a situação dos tanques. A empresa que fornece ração para a associação também enviará um engenheiro para auxiliar no monitoramento dos tanques.

G1/Piauí

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