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TSE aponta o Piauí como o terceiro estado com menor número de mulheres candidatas

em 21 de agosto de 2018

Foto: Reprodução

O Piauí é o terceiro estado com o menor número de pedidos para o registro de candidaturas femininas. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, os pedidos chegaram apenas a 28,20% do número total, equivalente a 133 mulheres das 432 solicitações. O cientista político Ricardo Arrais, em entrevista à Rádio CBN, afirma que o número pode ser justificado pela predominância histórica do homem na política.

“O lugar público era o lugar do homem, o lugar da mulher era o lugar privado, era a casa, era cuidar dos filhos, cuidar do esposo. Lógico que ao passar do tempo as mulheres foram conquistando cada vez mais espaços na sociedade. O lugar social da mulher deixa de ser o recôndito do lar e passa a ser o espaço público, inicialmente como professora, para depois ir galgando novos nichos de empoderamento e chegando a outras esferas da sua atividade laboral”, afirma.

De acordo com ele, é a partir da década de 30 que as mulheres passam a ter o direito ao voto e de ser votada. Com a evolução da legislação na década de 90, começou a ser exigido dos partidos políticos 25% das suas vagas para serem reservadas a candidaturas femininas, evoluindo atualmente para 30%.

“É uma maneira de colocar cada vez mais mulheres na disputa eleitoral, é uma reserva de mercado, uma cota de gênero que é colocada para que as mulheres tenham mais chances nas câmaras municipais, nas casas legislativas, nas assembleias, na câmara federal e no senado”, esclarece o cientista.

Apesar do avanço, Ricardo Arrais acredita que na política as mulheres ainda ocupam papéis subalternos, a exemplo dos grandes partidos no Piauí, onde as mesmas ainda estão previstas para ocupar cargos secundários, como os de vice-governadora e Senado.

Fonte: 180 graus

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