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PIAUÍ| Operação Poço sem Fundo prende ex-prefeita e empresários por fraude

em 14 de março de 2019

O Ministério Público do Estado do Piauí, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), em parceria com a Polícia Civil e com a Polícia Militar, deflagrou na quarta-feira (13/03) a operação “Poço sem Fundo, cujos alvos da primeira fase são agentes públicos e empresários envolvidos com um esquema de fraude a licitações no município de Brejo do Piauí.

A equipe cumpriu seis mandados de prisão e outros nove de busca e apreensão, em sedes de empresas e escritórios de contabilidade. De acordo com as investigações preliminares, o esquema consistia no desvio de recursos das prefeituras, em licitações forjadas para contratação de serviços de manutenção de poços que abastecem as zonas rurais.

Foi presa a ex-prefeita de Brejo do Piauí, Márcia Aparecida Pereira da Cruz (mandato 2013-2016); o chefe de gabinete da ex-prefeita, Emídio Pereira da Cruz; o pregoeiro municipal, Carlos Alberto Figueiredo; e os donos da empresa VSP Construtora, Adcarliton Valente Barreto e Valdirene da Silva Pinheiro, que forneciam as notas frias para o desvio dos pagamentos.

Outros seis municípios estão sendo investigados por manutenção de relações com a construtora. Estima-se que foram desviados, no total, R$ 3 milhões. O advogado Wildes Próspero disse , na tarde de quarta-feira que o vereador Fabiano Feitosa Lira, do PRTB, que está foragido, vai se apresentar em Teresina.

Somente o vereador de Brejo do Piauí Fabiano Feitosa Lira , que teve prisão decretada pelo juiz José Carlos da Fonseca Amorim, não foi localizado. Wildes Próspero disse que enviou documento com a informação ao promotor Rômulo Cordão, coordenador do Gaeco e que coordena a operação em Canto do Buriti.

O documento pede ao Gaeco para marcar a data e o horário para apresentação do vereador. O parlamentar vai se apresentar na sede do Gaeco, no bairro Planalto Ininga, em Teresina. O horário e o dia serão definidos pelo promotor “Existe uma acusação em curso, o vereador garante que é inocente e se coloca à disposição para qualquer esclarecimento”, falou Wildes Próspero.

Um vereador de Brejo do Piauí (a 423 km de Teresina) está foragido e é apontado como um dos chefes da organização criminosa que resultou na prisão de cinco pessoas na operação do Gaeco. O vereador Fabiano Feitosa Lira, do PRTB, conseguiu fugir e está sendo procurado. Ele é suspeito de desviar recursos de manutenção de poços tubulares na cidade de Brejo do Piauí.

A ex-prefeita de Brejo, Márcia Aparecida da Cruz, seu irmão Emídio Pereira da Cruz, que foi chefe de gabinete da ex-prefeita, foram presos. A operação cumpriu seis mandados de prisão e nove de buscas e apreensões.

O vereador e a ex-prefeita Márcia Aparecida são alvos da operação por corrupção, lavagem de dinheiro, fraude em licitação e crimes contra a administração pública. A quadrilha teria causado um prejuízo aos cofres públicos de aproximadamente R$ 3 milhões.

Na inspeção do TCE (Tribunal de Contas do Estado), em algumas localidades, os próprios moradores é que faziam a manutenção dos poços e chafarizes. A empresa teria recebido cerca de R$ 590 mil e não prestou o serviço, segundo a investigação. “Na investigação, o vereador é apontado com um dos chefes da organização criminosa, além da ex-prefeita já que toda autorização de pagamento era ela que autorizava”, disse o promotor de Justiça José William.

Segundo ele, o vereador Fabiano Feitosa não tem foro privilegiado porque a investigação é sobre a atuação dele como empresário e não diz respeito ao mandato do parlamentar. “As inspeções constataram que houve duplicidade de pagamentos. No entanto, a empresa nunca prestou o serviço à comunidade”, declarou o promotor José William.

 

Fonte: Meio Norte

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