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Petrobras não tem mais previsão para início da segunda etapa de operação da Refinaria Abreu e Lima

Diretor de abastecimento da estatal disse nesta quinta-feira que o atraso é por conta das investigações das empresas citadas na Operação Lava Jato.

em 01 de fevereiro de 2015

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Rnest começou a produzir derivados no dia 6 de dezembro do ano passado, com um mês de atraso em relação à data divulgada pela diretoria da Petrobras. Foto: Agência Petrobras de Notícias/Divulgação

A Operação Lava Jato e o mar de lama derramado sobre o nome da Petrobras continuam fazendo estragos no cronograma de operação da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Suape. Em teleconferência realizada na tarde desta quinta-feira (29), o diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, afirmou que não há previsão para a “partida” do segundo trem de refino da Rnest. Trem é como o conjunto de unidades de produção costuma ser chamado pelos representantes da estatal. A previsão dada no ano passado pela Petrobras era de que as operações começassem em maio. O atraso, segundo Cosenza, é por conta das investigações das empresas citadas na Operação Lava Jato. A situação também afeta o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Sem pompa nem circunstância, a Refinaria Abreu e Lima iniciou as operações e começou a fabricar derivados de petróleo no dia 6 de dezembro, com um mês de atraso em relação à data que havia sido divulgada por José Carlos Cosenza em agosto. Saíram da Unidade de Destilação Atmosférica (UDA) da primeira refinaria de petróleo de Pernambuco gás liquefeito de petróleo (GLP), nafta, resíduo atmosférico e, claro, óleo diesel, a razão de ser do empreendimento, que está custando aos cofres da estatal US$ 18,5 bilhões, oito vezes mais que os US$ 2,5 bilhões inicialmente previstos. A Petrobras vem tocando as obras da Abreu e Lima sozinha, depois que viu naufragar a “parceria” que tinha montado com a venezuelana PDVSA.

Pelo acordo firmado entre os presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, o Brasil assumiria 60% dos gastos e a Venezuela ficaria com os 40% restantes. Os dois lançaram a pedra fundamental em 16 de dezembro de 2005. Depois de promessas de amor eterno, idas e vindas, os vizinhos desistiram. A morte do presidente venezuelano, em março de 2013, pesou na decisão.

Apontada como o “fato econômico” mais importante da história de Pernambuco, a Refinaria Abreu e Lima chegou a ser disputada por nove estados. Ficou em Suape por conta da infraestrutura existente no complexo. Quando estiver operando com força total, a primeira refinaria a ser construída no Brasil desde 1980 terá capacidade para processar 230 mil barris de petróleo por dia e será responsável por 17% de toda a produção nacional de óleo diesel. A Abreu e Lima será a unidade da Petrobras com maior taxa de conversão de petróleo cru em diesel (70%).

Fonte: Diário de Pernambuco

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